quarta-feira, 7 de outubro de 2009

Em Nota: “Carta aberta aos leitores”

Por Ramayana torres

Uma professora passou aos seus alunos de oitava série, um exercício de português, onde as crianças deveriam pegar na biblioteca, uma matéria de jornal ou revista e levar à sala de aula para discutir com os colegas o assunto abordado e exercitar a correção ortográfica e a concordância em si.

Entretanto, sempre há um empecilho, as revistas da biblioteca não podiam ser “xerocadas”, segundo regulamentos e cuidados. O jeito seria levar as matérias manuscritas, para então discuti-las.

Essa que vos fala era uma dessas crianças, que fazia inúmeras redações por semana e sempre se encantou com os textos. E os seus, guarda até hoje.

Pois bem, ocorreu um grande erro. Ao ser lançado o “Folhetim de quinta”, resolvi publicar um de meus textos. Abri a pasta azul da escrivaninha e li alguns. Selecionei um que poderia ser aproveitado, em especial, para os leitores do jornalzinho.

Encontrei “Idéias que desafiam o senso comum; autores que escrevem sobre o nada”.O texto não estava assinado e não possuía data, como estava na pasta de minha criações, pensei ter sido também escrito por mim.

Erro que aos olhos clínicos, seria visto como imperdoável. Um plágio!

Contudo, até diria ser Plágio este texto escrito na íntegra, mas, sem mudança alguma? Muito estranho, não?

Se fosse plágio mesmo, haveria certo cuidado com o título e com o corpo do texto, pelo menos. Pois indícios, deixar pistas tão obvias não fazem o perfil de um criminoso.

Afirmo que foi realmente sem malícia. O texto comentado havia sido publicado pela revista “super interessante”, do autor Bruno Miguelino da Silva, em 2005. Lembram do exercício passado pela professora?

Na pressa em fazê-lo não datei, nem pus créditos ao autor. Digna de um processo? Talvez... Mas, só se não houvesse um anjo chamado editor que em uma de suas “clicadas”, identificou o erro gravíssimo há tempo.

Tempo este, de me redimir, lavar a honra, abrir o coração e PEDIR MIL DESCULPAS pelo engano, aos leitores e ao autor brilhante deste texto que por duas semanas tive o orgulho ilusório de ser meu.

“A pressa é inimiga da perfeição”, senti na pele a força do significado deste ditado.

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